Confronto.
–E agora seu maldito traidor? – Dizia Agtus ferozmente, enquanto posicionava
a espada no pescoço de Baal.
O tempo, apesar de ser dia estava nublado, relâmpagos
rasgavam o céu com clarões que deixava ainda mais evidente o cinza mórbido que
aquele momento se encontrava.
Baal estava de joelhos com seus punhos fechados
apoiando-se com dificuldades no solo que agora se encontrava ensopado pela
chuva e barroso quase deixando a grama submersa.
–Você é muito ingênuo Agtus. Afirmava
Baal com um sorriso sombrio que brotava lentamente em seu rosto. –Você pensa
que é algum tipo de protetor deste Cóven maldito. Eles querem você somente
enquanto é escravo destas regras ilusórias que eles nos impõem e também pelo
fato que sempre abaixas a cabeça para eles mostrando sua disposição que me da
náusea. – Baal você sempre foi ingrato por tudo que nós Luctus fizemos por
você.
Uma gargalhada demoníaca soava
tenebrosamente vinda de Baal. –E vocês queriam que eu fosse grato pelo o que
meu caro Atmaglus(palavra que era usada para definir um laço ou irmandade
através da magia), –Grato por esconder de mim que era possível evoluir minha
magia,que os limite somente dependiam de mim e de minha dedicação.Quando eu
decidi crescer magicamente vocês vieram com suas hipocrisias e me julgaram como
traidor. – Os Altarmags pensam que só eles têm o direito de ter a plenitude do
poder, tolos.
Agtus continuava com a espada empunhada no pescoço dele, agora a
espada estava próxima da pele do seu Atmaglus, podia avistar abaixo dos seus
cabelos longos e molhados uma linha de sangue serpenteando pelo seu pescoço . –Você
sabe que tudo tem que ter limite para todos os seres – afirmou Agtus. –A
ambição e outros sentimentos dominam a mente, e assim cometemos atos horrendos
que podem abominar a viva neste mundo.
Baal tentava se levantar lentamente. Levantou a primeira perna, tendo a sola de seu pé direito tocando o solo, em
seguida colocou a mão no joelho desta mesma perna e tomou impulsos para ergue-se.
Mesmo assim Agtus continuava com a ponta da espada no pescoço de Baal. – É
melhor não se mexer ou tentar algo, eu posso muito bem colocar um fim nesta sua
miserável vida.
Baal levantou sua cabeça com um movimento cauteloso, seus cabelos
deslizavam pela sua face lentamente permitindo a ele sentir as gotas da chuva
umedecendo o seu rosto. Ele abriu seus olhos grandes e esféricos azuis lançando
um olhar hipnotizante em direção aos olhos de Agtus. –Então você acredita mesmo
nesta bobagem toda? –Que temos que impor limite, que nem todos têm o direito a
escolher seus próprios caminhos, somos obrigados a aderir estas regras
mentirosas que o Luctus usa para nos manipular?
–Existe uma hierarquia e deve
ser seguida e isso é para o nosso bem. –disse Agtus. –Acredito no nosso Cóven e
acredito em um propósito pelo fato de existir estas limitações imposta pelos
Altarmags.
Baal pegou a espada com as duas mãos, a
mesma que estava praticamente perfurando a pele de seu pescoço e fechou os
punhos com toda força, apertou tão fortemente que podia sentir o sangue brotar
de suas mãos como se fosse uma nascente que tinha saído recém da terra para se
espalhar ao solo. Então Agtus sentiu uma certa onda de calor que o traidor; assim
como ele o chamava, que expelia de seu corpo.
–Sua mente já esta dominada por
mentiras – gritou Ball. –É perca de tempo eu estar aqui tentando abrir os olhos
de alguém que já ficou cego há muito tempo por uma disciplina hipócrita.
Continua.....
0 comentários:
Postar um comentário